A minha cara metade
terça-feira, julho 31, 2007
Há um pesadelo que me assalta todas as manhãs em que, vencido por um espelho que teima em me mostrar a realidade, me sinto obrigado a fazer a barba. Por exclusão de partes, tornei-me um adepto incondicional da máquina de barbear. Que é como quem diz, possuo uma aversão vitalícia à lâmina, não por qualquer acidente em plena puberdade, mas por outra razão que eu próprio desconheço.
Pois bem, posso então afirmar categoricamente que sofro do pânico de a dita máquina gripar a meio da operação. Tão simples ou tão comprometedor quanto isto.
Chamem-me mariquinhas, ou gritem aos 4 ventos que a máquina é para meninos, ou que o verdadeiro macho usa uma gillette para rapar os pêlos da face. Fiquem lá com isso e embrulhem. Por aqui não passam gillettes, a não ser que, no verdadeiro sentido do termo, dê de caras com o cigano a quem vendi um cartão telefónico fora do prazo de validade.
Dizia eu, que me incomoda, que me faz uma certa comichão, pensar que a Philishave Coolskin M31, a barbear ininterruptamente desde o Pai Natal de 1998, me deixe ficar com a metade esquerda da face por desbravar (eu não sou supersticioso, mas tenho-me saído melhor barbeando da direita para a esquerda do que de cima para baixo), ficando assim à mercê de uma fácil humilhação pública. Não é que não me sinta capaz de ser o mentor de um novo look, mas há que dar espaço aos mais novos.
Isto a propósito de quê? Muito bem, isto a propósito de o pesadelo ter ganho uma nova força quando há dias me surgiu pela frente, entre um Record e um Gigante, um cliente com metade da face por aparar. Tinha ar de quem se tinha levantado há pouco, e por isso hesitei na abordagem a fazer ao lance, da mesma forma que há meses atrás tinha hesitado em dar uma má notícia a uma cliente que se havia apresentado de berguilha aberta de cima a baixo (dessa vez, perante o incómodo da situação, do aglomerado de clientes e da enorme dúvida sobre a regra de etiqueta, deixei passar o tempo útil e ela lá abalou, tal qual como tinha chegado... de berguilha aberta de cima a abaixo). A situação apresentava-se semelhante, e recusei-me novamente a dar a boa nova ao homem, não evitando o pensamento: “gripou-se-lhe a maquineta a meio do caminho”. No entanto, ele não dava sinais de se sentir incomodado, e tudo se esclareceu quando se aproximou e formulou o seu pedido: “Tem o L’Equipe?”.
Pois bem, posso então afirmar categoricamente que sofro do pânico de a dita máquina gripar a meio da operação. Tão simples ou tão comprometedor quanto isto.
Chamem-me mariquinhas, ou gritem aos 4 ventos que a máquina é para meninos, ou que o verdadeiro macho usa uma gillette para rapar os pêlos da face. Fiquem lá com isso e embrulhem. Por aqui não passam gillettes, a não ser que, no verdadeiro sentido do termo, dê de caras com o cigano a quem vendi um cartão telefónico fora do prazo de validade.
Dizia eu, que me incomoda, que me faz uma certa comichão, pensar que a Philishave Coolskin M31, a barbear ininterruptamente desde o Pai Natal de 1998, me deixe ficar com a metade esquerda da face por desbravar (eu não sou supersticioso, mas tenho-me saído melhor barbeando da direita para a esquerda do que de cima para baixo), ficando assim à mercê de uma fácil humilhação pública. Não é que não me sinta capaz de ser o mentor de um novo look, mas há que dar espaço aos mais novos.
Isto a propósito de quê? Muito bem, isto a propósito de o pesadelo ter ganho uma nova força quando há dias me surgiu pela frente, entre um Record e um Gigante, um cliente com metade da face por aparar. Tinha ar de quem se tinha levantado há pouco, e por isso hesitei na abordagem a fazer ao lance, da mesma forma que há meses atrás tinha hesitado em dar uma má notícia a uma cliente que se havia apresentado de berguilha aberta de cima a baixo (dessa vez, perante o incómodo da situação, do aglomerado de clientes e da enorme dúvida sobre a regra de etiqueta, deixei passar o tempo útil e ela lá abalou, tal qual como tinha chegado... de berguilha aberta de cima a abaixo). A situação apresentava-se semelhante, e recusei-me novamente a dar a boa nova ao homem, não evitando o pensamento: “gripou-se-lhe a maquineta a meio do caminho”. No entanto, ele não dava sinais de se sentir incomodado, e tudo se esclareceu quando se aproximou e formulou o seu pedido: “Tem o L’Equipe?”.
7 Comments:
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commented by O Anti Lampião, 8/03/2007 4:53 da tarde
Do que eu gostava mesmo era que voltassem os números de vendas dos jornais e revista.
Espero, senhor ardináriol, que tenha tido umas óptimas férias.
Abraço
Espero, senhor ardináriol, que tenha tido umas óptimas férias.
Abraço
commented by 8/03/2007 6:10 da tarde
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Os números estão de férias, regressam em setembro ;)
mas estão a ser contabilizados
mas estão a ser contabilizados
As saudades que eu já tinha deste humor...benvindo, às crónicas (que eu prefiro aos números...) e ao quiosque :)
commented by 8/04/2007 8:38 da tarde
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Tenho uma questão:
Quanto custa investir num quiosque?? qual o investimento inicial? Pode responder para twygui@hotmail.com
Gosto do seu blog ;-)
Quanto custa investir num quiosque?? qual o investimento inicial? Pode responder para twygui@hotmail.com
Gosto do seu blog ;-)
commented by 8/06/2007 10:58 da manhã
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O pauloxing pediu que lhe levasse a "surf portugal especial 20 anos". Arranja-se?
Amanhã estamos aí.
Amanhã estamos aí.
commented by 8/06/2007 11:59 da manhã
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ti, tá guardada. Até amanhã