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diário de um quiosque

O Pacheco Pereira tornou-se uma espécie de Ardinario da política [caracteres extra para não me estragar o template do blog]

A prateleira da morte

quinta-feira, maio 31, 2007

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Esta é a designada secção “Outros” do quiosque. Embora esteja situada a média altura, há quem lhe chame sótão. Eu, por exemplo.
Aqui são colocados artigos e utensílios variados sem classificação, que não cabem na respectiva secção, que estão fora de prazo de entrega ou que simplesmente estão de tal maneira condenados ao insucesso que são despejados sem dó nem piedade para esta autêntica prateleira da morte.
Quando a prateleira está cheia, isso pode significar uma de duas coisas, ou mesmo ambas: ou não existe espaço em mais lado nenhum (é o caso daqueles filmes porno à direita e dos cromos Maxi Tuning, por cima dos pratos de sopa da Caras), ou está em curso uma má gestão na devolução de sobras, ou ainda, uma das distribuidoras está a mandar tralha desnecessária, apenas para angariar uns cobres enquanto não se procede à respectiva devolução (afinal eram 3 coisas).

À esquerda, ao lado dos Pokemons e por cima dos dois livros de Miguel Torga que a dona Augusta da padaria teima em não levantar, repousam 3 exemplares das Memórias Fotográficas do Benfica 1904-2004. Seguramente, já viajaram mais quilómetros em ano e meio que Mário Soares em 10 anos de presidência. Esta semana, as ditas memórias lá regressaram novamente ao quiosque, e desta vez a estadia vai-se prolongar por 6 longas semanas.
Já não as via há uns bons 3 meses, mas não tive saudades. Desconheço se mais alguém recebe estas memórias benfiquistas, vezes e vezes sem conta. Mas sei, tenho a certeza, que este ciclo do recebe/arruma/devolve fez com que o mesmíssimo exemplar que tinha devolvido há meses atrás voltasse ao quiosque, ainda com o pequeno autocolante que eu próprio havia colocado com a indicação da semana de devolução! Ou se trata de uma enorme coincidência ou anda um gajo do Sporting a gozar comigo.
A sério, parem lá de mandar isto. Isto não vende... eu já tentei. Já esteve em destaque. Em cima, em baixo, em pé, sentado, deitado e de cócoras. Já foi impingindo ao tesoureiro da casa do Benfica, mas ele comprou em 2004, já lá vão 3 anos. Tenho dezenas de clientes sócios do glorioso, e nenhum mostrou pinga de entusiasmado. Oh pá, reformulem a coisa... Sei lá... baixem o preço, juntem um pires de tremoços ou um copo de tinto. Como está, não vendo isto nem que me apareça aqui o Eusébio.
posted by ardinario, 5/31/2007 06:29:00 da tarde | link | 4 ardinarices |

30 de Maio


posted by ardinario, 5/31/2007 03:41:00 da tarde | link | 0 ardinarices |

Levar a greve à letra

quarta-feira, maio 30, 2007


in Focus, 30 de Maio, dia de greve geral
posted by ardinario, 5/30/2007 07:13:00 da tarde | link | 4 ardinarices |

Um pouco de ficção

O teorema de Eustouaflito, que me era indiferente até hoje, diz que é fisicamente impossível instalar uma sanita num quiosque com 6 metros quadrados. Pelas 10 e 25 da manhã, tive oportunidade de passar a conhecer um dos corolários desse teorema. É o corolário do Ai Jesus! e diz que se deve entregar o quiosque ao primeiro desconhecido, a troco de uma corrida à casa-de-banho mais próxima.
Não perdi tempo a redigir uma carta ao patrão aqui da zona a exigir condições de trabalho mais apropriadas, não fossem surgir novas réplicas da crise intestinal, além de que os utentes da Pastelaria Trancoso não têm culpa nenhuma.
Ao entregar o requerimento à funcionária, esta respondeu: “Desculpe, mas o patrão aqui da zona está em greve”. “É urgente! Onde posso encontrar o patrão aqui da zona?”, perguntei. “Bem, não é difícil encontrar o patrão aqui da zona. Ele usa uma camisola que atrás tem escrito 'Patrão aqui da zona'... Pode ser que esteja na Pasteleira Trancoso. Ele é o proprietário...”.
De sorriso nos lábios, rasguei a carta e parti descansado da vida, acompanhado daquele agradável sentimento de dever cumprido, pelas 10 e 25 da manhã.
posted by ardinario, 5/30/2007 06:22:00 da tarde | link | 1 ardinarices |

Interrogação


posted by ardinario, 5/30/2007 05:17:00 da tarde | link | 0 ardinarices |

29 de Maio


posted by ardinario, 5/30/2007 12:47:00 da manhã | link | 2 ardinarices |

Numeros da semana

terça-feira, maio 29, 2007


posted by ardinario, 5/29/2007 02:48:00 da tarde | link | 0 ardinarices |

28 de Maio

segunda-feira, maio 28, 2007


posted by ardinario, 5/28/2007 09:53:00 da tarde | link | 2 ardinarices |

O coiso de zbrummm

Homem, 45 anos, estatura média-baixa, bigode, calça de fato-treino vermelha, camisola de malha em losangos de cores sortidas, sapato de ir ao pêssego. À primeira vista, a descrição condiz na perfeição com o treinador adjunto do Valpaços. Mas não. Na realidade trata-se apenas do retrato-robot do comprador tipo de uma das melhores e mais surpreendentes fontes de receita do quiosque: o filme porno.
Para além das características acima indicadas, é ponto assente que o homem é benfiquista. ( O adepto do Sporting, na melhor das hipóteses, entretém-se a visionar uma ou outra cena mais escaldante da telenovela da noite. E, adeptos do Porto, por aqui... não há).
O homem de que falamos pode manifestar-se de inúmeras formas... Bem, na realidade, para ser mais preciso, pode fazê-lo apenas de duas.
Uma delas transforma-o num comprador porno técnico-táctico. O comprador técnico-táctico, para além de delinear uma estratégia para a compra, faz observações prévias ao produto que tem em vista. Estuda o título, espreita a capa e analisa o elenco, podendo a coisa prolongar-se por vários dias. Para ele, “Penetrando sem piedade” e “Rabinhos inquietos” são duas coisas completamente distintas. Por norma, é bastante reservado na sua aproximação à banca. Deixa fluir educadamente um hipotético amontoado de pessoal e, por fim, quando se encontra livre de qualquer intruso, solta um hesitante e quase inaudível: “Olhe, dê-me ali o coiso de zbrummm”. “Desculpe?”. “O coiso que está ali. O coiso de zbrummm...”. É o técnico-táctico, mas há quem lhe chame trinco.
Mas um comprador porno pode assumir uma outra faceta. É o criativo, o nº10 do porno. Não é homem de grandes indecisões. Para ele, “Donas de casa depravadas” serve perfeitamente e não há que prolongar o assunto. Não utiliza artimanhas baratas para acomodar o produto (falo da caixa do filme, claro) e geralmente vem acompanhado por mais que um compincha. Quando assim é, exibe orgulhosamente a sua compra ao grupo, podendo mesmo gerar uma inesperada corrida desenfreada ao filme-porno por parte do pessoal. No fim das transacções, trocam-se graçolas sobre os títulos, geram-se expectativas sobre os conteúdos e mandam-se piropos à moçoila mais próxima. É o chamado treino de conjunto.
Discretamente, tento manter-me à margem da paródia. Não é fácil, mas resisto estoicamente.
posted by ardinario, 5/28/2007 03:09:00 da tarde | link | 1 ardinarices |

Numeros da semana


posted by ardinario, 5/28/2007 02:56:00 da tarde | link | 1 ardinarices |

Tentativa desesperada

quinta-feira, maio 24, 2007

Já tentei por email... nada.
Já tentei por telefone... nada.
Só me resta tentar por aqui:


A/C Responsável da


Assunto: Correio da Manhã

De certeza que não me conseguem enviar 70 exemplares do Correio da Manhã para o fim-de-semana?
Os 45 não chegam! Os 45 já estão todos reservados!

Os melhores cumprimentos,
Ardinário

p.s. - hoje faltou 1 Record

posted by ardinario, 5/24/2007 05:05:00 da tarde | link | 4 ardinarices |

23 de Maio


posted by ardinario, 5/24/2007 02:38:00 da tarde | link | 0 ardinarices |

Uma posta...

quarta-feira, maio 23, 2007

... muito agradável de seguir. Pena o duelo ter acabado tão cedo.
posted by ardinario, 5/23/2007 05:56:00 da tarde | link | 1 ardinarices |

22 de Maio


posted by ardinario, 5/23/2007 03:02:00 da tarde | link | 0 ardinarices |

Brevemente...

terça-feira, maio 22, 2007


posted by ardinario, 5/22/2007 03:06:00 da tarde | link | 2 ardinarices |

21 de Maio


posted by ardinario, 5/22/2007 02:54:00 da tarde | link | 0 ardinarices |

Brindem-me com a promoção de um produto associado!

segunda-feira, maio 21, 2007

Tentativa nº1

Copos, facas, cartas, livros, CDs, DVDs, toalhas, telemóveis, bandeiras, cromos, brincos, pulseiras e canecas. A lista é enorme, cresce de dia para dia e à primeira vista pode confundir-se com o inventário de uma loja dos 300. Mas não. Hoje em dia, devido às políticas de venda de um jornal ou revista, qualquer um destes objectos se arrisca a fazer parte da mobília de um quiosque.
Pela parte que me toca, agradeço, embora não possa deixar passar em claro o transtorno que causa acolher em tão humilde espaço uma tão grande variedade de objectos de diferentes nacionalidades (se tem dúvidas, deixo o desafio: pegue na sua tralha da garagem e efectue uma transferência do material para a casa-de-banho mais próxima).
A influência destes brindes (ou promoções, ou produtos associados ou o que quer que lhe chamem) no espaço físico do quiosque é de tal forma crescente que chega a pôr em causa a presença e a estabilidade das pastilhas na prateleira do lado esquerdo em cima de quem entra. Aliás, ainda ontem, duas caixas de Babalicious de Mentol se queixaram de um encosto mais atrevido por parte de um copo de vinho branco da Flash, e meia dúzia de fascículos do Noddy já pediram inclusive a transferência para um local mais aprazível (para junto da Anita) depois de insultados e molestados por um gang de cromos de Wrestling.
Gerir estes conflitos, naturais de quem sente o seu espaço de sempre ameaçado, não tem sido tarefa fácil. Nota-se sobretudo um crescente descontentamento geral pelo generoso e arejado espaço atribuído às pulseiras da TV Mais, com vistas directas para o parquímetro e a salvo de uma hipotética corrente de ar, e sente-se um clima de desconfiança em torno das degradantes condições da prateleira em que repousam os 12 volumes da obra de Eça de Queiróz, cujo dono teima em não aparecer.
Tento ignorar, mas temo por uma eminente greve de postais e envelopes ou por uma fuga sem regresso dos Perna de Pau. Os rumores crescem e as dúvidas persistem: estará à vista uma guerra civil no quiosque?


Tentativa nº2

Copos, facas, cartas, livros, CDs, DVDs, toalhas, telemóveis, bandeiras, cromos, brincos, pulseiras e canecas. A lista é enorme, cresce de dia para dia e à primeira vista pode confundir-se com o inventário de uma loja dos 300. Mas não. Hoje em dia, devido às políticas de venda de um jornal ou revista, qualquer um destes objectos se arrisca a fazer parte da mobília de um quiosque.
Pela parte que me toca, agradeço. São evidentes as vantagens para o quiosque. Mas a questão que se coloca é a seguinte. Qual o objectivo do jornal (ou revista) com a venda de produtos associados? Obter lucros? Obter mais leitores? O director do Jornal Sol foi muito claro: pretende-se obter lucros com a venda dos livros que irá lançar, para combater uma esperada redução de vendas no Verão. E quem oferece brindes na compra do jornal? Obviamente, espera obter mais leitores durante a campanha, gerando mais vendas e angariando mais publicidade. Consegue-o quase sempre. E conseguirá manter estes “leitores-extra” depois de terminada a campanha? Pela parte que me toca, infelizmente a resposta é “não”.
posted by ardinario, 5/21/2007 06:26:00 da tarde | link | 2 ardinarices |

Numeros da semana


posted by ardinario, 5/21/2007 03:35:00 da tarde | link | 0 ardinarices |

Em antena...

sexta-feira, maio 18, 2007

...uma conversa ardinária com Pedro Rolo Duarte. No próximo domingo, entre as onze e o meio-dia, na Antena 1.
posted by ardinario, 5/18/2007 03:13:00 da tarde | link | 10 ardinarices |

Um vizinho

Três dias depois de iniciar este negócio ardinário, quando lhe fui entregar o jornal, ele disse que tinha que falar comigo. Ostentava um ar sério e triste, como se algo grave se tivesse passado. “Pedro, posso fazer-lhe uma pergunta?”.Claro”, respondi, apreensivo.
Só então reparei que havia uma navalha na sua mão direita...
Mantive a calma e aguardei serenamente pela questão. “Pedro, o negócio está mau...”.
Apesar de não me parecer desesperado, o seu olhar mostrava alguma insegurança.
Pedro, temos que ser uns para os outros...”.
O cabo da navalha rolava pelos seus dedos. A voz tremia de nervosismo.
Pedro... eu compro-lhe o jornal todos os dias... mas você passa a cortar aqui o cabelo, combinado?”. “Claro que sim, Sr. Alcides, temos que ser uns para os outros”.
Voltei para o quiosque e o Sr. Alcides voltou para a barba do seu cliente, cantarolando.
posted by ardinario, 5/18/2007 03:04:00 da tarde | link | 1 ardinarices |

17 de Maio e uma de musica



posted by ardinario, 5/18/2007 02:23:00 da tarde | link | 0 ardinarices |

16 de Maio

quarta-feira, maio 16, 2007


posted by ardinario, 5/16/2007 10:55:00 da tarde | link | 2 ardinarices |

15 de Maio e uma musica



posted by ardinario, 5/16/2007 02:24:00 da tarde | link | 0 ardinarices |

O que uma menina inglesa desaparecida faz às pessoas...

terça-feira, maio 15, 2007

- Bom dia, tem o Jornal da Noite?
- Desculpe...
- O Jornal da Noite... aquele que passa às 8 na televisão!
posted by ardinario, 5/15/2007 03:54:00 da tarde | link | 0 ardinarices |

14 de Maio e uma musica

segunda-feira, maio 14, 2007




posted by ardinario, 5/14/2007 09:15:00 da tarde | link | 3 ardinarices |

13 de Maio


posted by ardinario, 5/14/2007 04:23:00 da tarde | link | 0 ardinarices |

Semanais - 4/Maio a 10/Maio

domingo, maio 13, 2007


posted by ardinario, 5/13/2007 10:34:00 da tarde | link | 0 ardinarices |

10 de Maio e uma musica

quinta-feira, maio 10, 2007



posted by ardinario, 5/10/2007 10:01:00 da tarde | link | 1 ardinarices |

Alves da Fonseca, fisioterapeuta do quiosque

O lance é fácil de descrever. Jogada típica de futebol de salão amador, depois de hora e meia de futebol aos repelões: bola nas mãos do guarda-redes, lançamento por alto a roçar o tecto do pavilhão, com destino ao quarteto de avançados (nesta altura já ninguém defendia), e depois de uma série de ressaltos, a bola pinga milagrosamente mesmo ao jeito do meu pé direito. Puxo a perna atrás e aqui vai disto, Evaristo! Resultado prático: bola na bancada. Prognóstico inicial: ruptura muscular na zona anterior da coxa direita (não sei precisar bem o local, mas dói quando toco).
Adivinhava-se uma noite mal dormida, que se confirmou. Mas não estava nos planos acordar sobressaltado às 4 da manhã com o maior dos pesadelos: estava entregue ao departamento médico do Benfica! Passado o susto, lá adormeci meia-hora depois, mas com um olho aberto, não fosse acordar numa cama de hospital, depois de uma problemática cirurgia ao menisco do joelho esquerdo.

A abertura do quiosque foi complicada, mas fiquei contente em saber que o Record não tinha feito manchete da minha lesão. As dificuldades de locomoção eram muitas e tinha que tomar uma decisão. Ou mandava vir o fascículo 11 da Enciclopédia Médica do CM – Lesões Musculares: avaliação e tratamento, ou esperava que o reconhecido fisioterapeuta do quiosque, Alves da Fonseca, viesse buscar os seus jornais (Record + O Jogo + Jornal do Sporting). A opção B saiu vencedora e pelas 11:40 o prognóstico inicial foi prontamente descartado. Diagnóstico: contractura muscular. Tratamento: gelo nas primeiras 48 horas sobre a zona dorida, e depois disso, se não quiseres enterrar o teu dinheiro aí num Dr.Especialista, pegas num secador de cabelo e apontas para a zona dorida durante 7 minutos, alternando com gelo durante 4 minutos, isto duas ou três vezes ao dia.

Quem diz que um quiosque não é mais que um estabelecimento de venda de jornais e revistas?
posted by ardinario, 5/10/2007 05:37:00 da tarde | link | 2 ardinarices |

Avenida Paulista

[...] Mas a sobrevivência do jornalismo no mundo moderno passa pelo fim do jornalismo antigo. Passa, até, por um antijornalismo, capaz de entrerrar essa 'objectividade' que se confunde com uma lista de supermercado. Eu não quero apenas factos. Eu não quero a mera repetição de factos que ouvi na noite anterior, disparados por uma boneca articulada no noticiário das oito. Eu quero saber o que existe por dentro dos factos. Uma guerra? Uma vitória? Eu quero saber quem são os derrotados, quem são os vitoriosos. Eu quero saber o que sentem os derrotados, o que sentem os vitoriosos. Como se portam e comportam. Eu quero acção e contradição. Palco. Iluminação. Eu quero ouvir gente a falar. Eu quero uma voz humana que, como Dante, seja capaz de descer às profundezas da nossa vida. E que regresse, ainda, para contar.

João Pereira Coutinho, "Avenida Paulista" da Colecção Inéditos Sábado, distribuido gratuitamente com a revista Sábado
posted by ardinario, 5/10/2007 03:22:00 da tarde | link | 0 ardinarices |

9 de Maio

quarta-feira, maio 09, 2007


posted by ardinario, 5/09/2007 11:35:00 da tarde | link | 0 ardinarices |

(Quiosque da) Praça 8 de Maio

terça-feira, maio 08, 2007

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Conquistada ao rio em 1784, o objectivo era dotar a vila de uma praça pública. Começou por designar-se Praça Nova da Reboleira, depois Praça Nova da Alegria e, posteriormente, Praça Nova. Assim é conhecida actualmente, pese o seu "baptismo", em 1880, de Praça 8 de Maio, num acto comemorativo da entrada do exército liberal na vila, 1834
Praças Públicas, Associação de Ideias - Publicações
posted by ardinario, 5/08/2007 09:08:00 da tarde | link | 4 ardinarices |

8 de Maio


posted by ardinario, 5/08/2007 09:02:00 da tarde | link | 0 ardinarices |

7 de Maio

segunda-feira, maio 07, 2007


posted by ardinario, 5/07/2007 09:10:00 da tarde | link | 0 ardinarices |

Ai ai ai, a minha cabeça!

-Boa tarde, queria o Correio da Manhã e o... e o ... olha esqueci-me! O Correio da Manhã e o... ai, ai! O que é que ele me pediu?? O Correio da Manhã e o... ai, ai, ai!! Ainda agora ele me disse, foi agora mesmo que estive com ele... ai, ai, ai esta minha cabeça! O Correio da Manhã e o... Olhe diga-me aí os jornais que tem.
-O Jornal de Notícias? O Diário de Notícias? O Público? O 24 Horas? A Bola, o Record, o Jogo?...
-Como é que é esse? O Jogo? O Correio da Manhã e o Jogo? Não. Deixe ver... Record... Record... Esse é que o traz as notícias todas, né? Olhe, à sorte vou levar o Record! (...) Hmmm... se calhar é melhor não... E agora?... Olhe, vou levar só o Correio da Manhã e invento uma desculpa. Digo que o menino está à espera que cheguem os jornais todos.

Assim foi e assim se foi embora a senhora. Com o Correio da Manhã debaixo do braço e uma enorme desculpa sobre os ombros. Não me pareceu uma estratégia propriamente brilhante e sobre mim pesava agora também o facto de pouco ter feito para conduzir a senhora a uma desenlace mais feliz.
No entanto, algo a fez voltar atrás segundos depois. Provavelmente, a óbvia falta de credibilidade de tão esfarrapada desculpa. Desconheço. Certo foi que algo atormentou a sua consciência. Voltou então atrás e disparou decidida: “Dê cá o Record!”. Dobrou-o em quatro e partiu com passo curto, cabisbaixa, ar desconsolado e uma enorme dúvida estampada no rosto, culminando com uma grande certeza: “Não é o Record, não é o Record, não é o Record. Ai ai ai a minha cabeça!”.
Aguardei serenamente pelo seu regresso, pois partilhava da sua grande certeza: não era o Record. Voltou 10 minutos mais tarde, ofegante. “Era o Marlboro, menino, era o Marlboro!”.
posted by ardinario, 5/07/2007 03:05:00 da tarde | link | 6 ardinarices |

6 de Maio


posted by ardinario, 5/07/2007 02:41:00 da tarde | link | 0 ardinarices |

Semanais - 27/Abril a 3/Maio

sexta-feira, maio 04, 2007


posted by ardinario, 5/04/2007 02:03:00 da tarde | link | 0 ardinarices |

3 de Maio


posted by ardinario, 5/04/2007 12:32:00 da manhã | link | 1 ardinarices |

Jornal 1X2 (parte 2)

quinta-feira, maio 03, 2007

Nascido no ano de 1979, o Jornal 1X2 é de longe a grande referência jornalística dos apostadores de todo o país. Valha a verdade que é também a única, mas isso só vem provar que estão a fazer um óptimo trabalho.

O Jornal 1X2 não é um jornal qualquer. O próprio nome indica desde logo uma fidelidade às suas origens, nos remotos tempos em que o totobola fazia as delícias dos apostadores. E o facto de ainda hoje haver uma bola de futebol a substituir a letra o da palavra jornal diz bem da importância do totobola nas origens do Jornal 1X2.









No Jornal 1X2 não há lugar a manchetes bombásticas. O facto do número 5 ter saído 7 vezes consecutivas no sorteio do totoloto não faz dele cabeça de cartaz na primeira página da edição seguinte. E essa história do 23 andar afastado do sorteio do euromilhões desde Setembro de 2006 não lhe dá sequer direito a um Arial Bold 72 na respectiva secção. Quanto muito, destaca-se um ou outro jackpot ou um sistema de apostas mais ousado, mas nada de fulgurante que faça o leitor perder a cabeça e esbanjar as suas poupanças na casa de apostas mais próxima.

Presume-se que a euforia não seja o estado de espírito reinante na direcção do jornal. Tirando talvez aquele episódio no qual a intrusa bola zero surgiu de rompante no meio de um rotineiro sorteio do totoloto, de resto adivinha-se um ambiente calmo e relaxado nas instalações do jornal. Não haverá, porventura, telefonemas de indignação ou surpresa entre colegas, como que questionando ou duvidando deste ou daquele sorteio. Existirá apenas uma reacção possível a uma típica extracção da lotaria popular: resignação perante o resultado.

No Jornal 1X2 também não há lugar a crónicas ou artigos de opinião. A chave vencedora do Loto 2 foi a 3-15-18-27-28-41 e ponto final. Não há quem a ponha em causa. Nem críticas, nem elogios, nem agradecimentos ou aplausos à combinação milionária. Não há resultados justos nem se pede uma mudança de óleo à máquina que extrai os números. Faz-se um comentário breve a cada concurso, acrescentam-se os dados à estatística e actualiza-se a página das saídas, atrasos e combinações. Ponto.

No Jornal 1X2 não cabem fotografias dos protagonistas e muito menos reportagens. Nem mesmo o fanfarrão do joker tem direito a qualquer entrevista de fundo. Um espaço para o horóscopo até faria algum sentido, mas isso seria uma afronta ao objectivo do jornal: oferecer um sem número de estatísticas referente a qualquer jogo de apostas com o propósito de aumentar a probabilidade de acerto de cada apostador.

O Jornal 1X2 é do mais puro que se pode encontrar. Tirando um ou outro desdobramento mais duvidoso, não há esquemas para derrubar aquele indivíduo que escolheu o número errado na sociedade de totoloto lá da terra. Além disso, é impossível apontar o dedo a qualquer fornada de informação ali inserida. Se o quadro diz que a parelha de estrelas 2 e 7 não se encontra já lá vão 122 semanas, quem somos nós para contestar? Há quem duvide que o valor do 11º prémio do sorteio de 2 de Fevereiro foi de 10,64€ e nem mais um cêntimo? É ou não verdade que a Naval não vence há 6 jornadas e que o Paços de Ferreira nunca perdeu na Amadora?
Existe no jornalismo português informação mais fidedigna que esta?

No entanto, algo me intriga no idealismo do jornal. Se pretendem criar excêntricos por esse país fora a troco de 1€, não correm o risco de perder leitores a cada semana que passa? Afinal, quem é o multimilionário que volta o comprar o Jornal 1X2?
posted by ardinario, 5/03/2007 04:27:00 da tarde | link | 5 ardinarices |

2 de Maio

quarta-feira, maio 02, 2007


posted by ardinario, 5/02/2007 11:41:00 da tarde | link | 4 ardinarices |

Jornal 1X2 (parte 1)

Era uma vez, há muitos, muitos anos atrás, uma equipa de futebol chamada Benfica.
Essa equipa, além de jogar à bola, fazia parte de um fantástico jogo de apostas de seu nome… totobola. (O leitor poderá alertar que o Benfica não jogava sozinho nesse jogo, mas eu poderei ripostar que colocar a cruz na vitória do Benfica não era mais que um mero exercício de rotina semanal, tal a certeza da vitória dos encarnados). Nesses tempos longínquos, sempre que o Benfica falhava, na semana seguinte havia jackpot no totobola. Certo e sabido.

Fez parte da minha infância passar alguns serões a jogar no totobola.
Depois de ultrapassar a fase da marcação aleatória das cruzes, antevendo desde logo uma forte apetência pelo totoloto, onde só por mera infelicidade nunca ganhei um tostão furado, debrucei-me com mais atenção sobre a constituição dos jogos de cada boletim. Aprendi rapidamente que havia ali um processo de lógica entre uma parelha de equipas e a colocação da respectiva cruz. A dificuldade, alertaram-me, estava em acertar no quadrado certo.
Não desisti perante tamanha adversidade e o meu entusiasmo redobrou… aliás, triplicou, quando que me foi comunicada a existência dessa maravilha que dava pelo nome de tripla, garantia de resultado certo, e que me fez sentir o menino mais felizardo do mundo, acabado de descobrir o grande segredo do totobola.
Colocando cuidadosamente 3 cruzes em cada jogo, excepto no do Benfica, claro, fui acumulando trezes em semanas consecutivas.
Curiosamente, a minha mesada mantinha-se inalterada. Nada que me fizesse abater, contudo. Comuniquei tal facto aos responsáveis pela minha contabilidade e foi então que acordei para a realidade: para ser declarado vencedor do totobola, tinha que haver um registo do boletim numa casa especializada. Mais. Foi-me imposto um limite para o número de duplas! E quanto a triplas, nem pensar!
Naquele momento senti que havia declaradamente um movimento organizado que me impedia de acumular ganhos no totobola. Mesmo assim fui à luta. Na semana que se seguiu, deixei o boletim em branco e aguardei serenamente pelo final dos respectivos jogos, levando à letra o famoso lema de João Pinto, “prognósticos só no final”.
Fiz um onze.
Na 2ª feira seguinte, assim que a entidade responsável chegou a casa, fiz-lhe chegar o boletim, para registo imediato. Em troca, recebi um sorriso e um exemplar do Jornal 1X2.

(continua amanhã)
posted by ardinario, 5/02/2007 05:43:00 da tarde | link | 1 ardinarices |

1 de Maio

terça-feira, maio 01, 2007


posted by ardinario, 5/01/2007 02:35:00 da tarde | link | 1 ardinarices |

30 de Abril

posted by ardinario, 5/01/2007 12:31:00 da manhã | link | 0 ardinarices |