que figurinha
quinta-feira, maio 07, 2009
Quando herdei o quiosque – e atenção que se calhar aquele herdei devia estar em itálico e não está, porque na verdade o herdei aqui significa adquiri a empresa que tinha na sua posse um imóvel em forma de quiosque (tenho caderneta predial para confirmar) -, portanto dizia eu… quando herdei o quiosque, herdei também um PC que a minha sogra habilmente surripiou, um Citroen BX que penso já não existir e todo o recheio do tal imóvel de 6 metros quadrados. Deste recheio, até ao mês passado, fazia parte uma figurinha da Nossa Senhora que a anterior proprietária tanto admirava. Nutria tal afecto pela dita que no dia de zarpar de vez do quiosque se esqueceu dela, por cima da espécie de quadro eléctrico que se encontra à direita de quem entra.
Ora, apesar de não ser crente, respeito muito todo o enredo. Digamos que estarei ali no limite da superstição, confesso. E assim mantive a figurinha durante estes quase 4 anos que levo de quiosque. Só uma vez lhe toquei, quando um camião com a mania das grandezas a derrubou pela turbulência gerada.
Até que um dia a malta da EDP veio cá resolver um problema e o homem da frente nem pestanejou ao afastar a miúda da fuselagem.
Senti que nesse momento se quebrava ali uma ligação, tímida, algo indiferente, mas de respeito mútuo – nem eu me incomodava com a sua presença nem ela manifestava por aí além o seu suposto poder de protecção.
A partir desse dia começou a rodar pelo quiosque, enquanto eu sentia alguma irritação sobre o espaço que ocupava. Até que me cansei e despachei o assunto – a figurinha foi convidada a abandonar as instalações.
Que posso eu dizer? A fotocopiadora avariou-se entretanto. E no mesmo dia em que recuperou a forma – hoje – a registadora foi parar ao posto médico.
É oficial. Atravesso uma fase em que temo tudo e todos.
Ora, apesar de não ser crente, respeito muito todo o enredo. Digamos que estarei ali no limite da superstição, confesso. E assim mantive a figurinha durante estes quase 4 anos que levo de quiosque. Só uma vez lhe toquei, quando um camião com a mania das grandezas a derrubou pela turbulência gerada.
Até que um dia a malta da EDP veio cá resolver um problema e o homem da frente nem pestanejou ao afastar a miúda da fuselagem.
Senti que nesse momento se quebrava ali uma ligação, tímida, algo indiferente, mas de respeito mútuo – nem eu me incomodava com a sua presença nem ela manifestava por aí além o seu suposto poder de protecção.
A partir desse dia começou a rodar pelo quiosque, enquanto eu sentia alguma irritação sobre o espaço que ocupava. Até que me cansei e despachei o assunto – a figurinha foi convidada a abandonar as instalações.
Que posso eu dizer? A fotocopiadora avariou-se entretanto. E no mesmo dia em que recuperou a forma – hoje – a registadora foi parar ao posto médico.
É oficial. Atravesso uma fase em que temo tudo e todos.
1 Comments:
Venha a Nossa Senhora! :)
commented by AD, 5/07/2009 4:49 da tarde