Coincidências
sexta-feira, fevereiro 16, 2007
INOVADOR
Um quiosque na freguesia de xxxxxxxx aposta na entrega de jornais, revistas e outros produtos ao domicílio, sem custos adicionais para os clientes. O serviço é destinado, essencialmente, a cidadãos portadores de deficiência motora, acamados e idosos, mas “qualquer um” pode solicitar o préstimo. Para além da vertente social e empresarial da ideia inédita, é uma prova que o “Empreendedorismo”
(por algum motivo que desconheço, o artigo termina mesmo assim)
O texto acima reproduzido NÃO se refere ao quiosque que serve de inspiração a este blog - o Quiosque da Praça 8 de Maio. Faz parte de uma rubrica da autoria de Paulo Dâmaso, jornalista de uma revista da cidade que saiu ontem para as bancas.
Não posso deixar de esclarecer o seguinte:
1. A 15 de Novembro de 2006 publiquei no blog um e-mail enviado por um leitor que me indicou um conjunto de sugestões possíveis de implementar no quiosque.
2. Uma dessas sugestões era : “A minha sugestão é criar formas intensificar o negócio fora da esfera local do quiosque. Para tal, sugiro a divulgação de entregas a domicilio (é claro que as Páginas Amarelas da Internet www.pai.pt serão um veículo essencial), encomendas telefónicas, ou pela internet. As entregas realizar-se-iam a determinada hora e sem custos para o cliente para determinado volume de negócio diário ou anual. O Segmento a explorar seria: 3ª idade (com dificuldade de locomoção), instituições ou empresas (p.ex. Lares de 3ª idade, hospitais, consultórios médicos , clínicas médicas, etc.).”
3. No dia 22 de Dezembro de 2006 coloquei no quiosque e no blog 3 posters gigantes (iguais) em que informava: “Em 2007 este quiosque vai a sua casa”.
4. Nos primeiros dias de Janeiro lancei um desafio aos leitores do blog sobre o lançamento de um cartão-cliente no quiosque, onde a principal vantagem seria “Entrega do jornal ou revista em sua casa, estabelecimento ou empresa, sem qualquer custo adicional”. A proposta foi discutida no blog, por e-mail, em família, com alguns amigos mais chegados e, finalmente, com os meus clientes, tendo-se chegado à conclusão que a iniciativa tinha alguns pontos interessantes, mas não servia totalmente o perfil de potenciais interessados. Como tal, o lançamento do cartão-cliente foi posto de parte e decidi avançar apenas com a iniciativa da entrega gratuita ao domicílio.
5. Entretanto, mais ou menos por esta altura, fui contactado pelo proprietário do quiosque acima referido no artigo no sentido de lhe fornecer jornais e revistas, com o devido desconto acordado entre quiosques, pois ainda não lhe tinha sido possível celebrar contratos com as distribuidoras. Acedi ao pedido. O fornecimento teve início a 20 de Janeiro de 2007 e o proprietário desloca-se ao meu quiosque todos os dias para levantar as publicações que lhe posso dispensar.
No dia 29 de Janeiro de 2007 o flyer ficou pronto e no dia 5 de Fevereiro começou a ser distribuído.
6. No dia 6 de Fevereiro de 2007 começaram as entregas gratuitas.
7. O título do artigo é enganador. Inovar significa tornar novo, o que não foi o caso. Como tal, a ideia não é inédita, como refere o autor. Muito longe disso.
8. O autor do artigo é cliente quase diário do meu quiosque e é autor de um blog onde coloca o Diário de um Quiosque nos seus links, onde inclusivamente já lhe dedicou um post.
9. O “inovador” visado no artigo todos os dias vai ao meu quiosque buscar jornais e revistas para vender no seu quiosque, e passando por lá todos os dias é confrontado visualmente com estes cartazes em formato A2, colocados no quiosque:
Há coincidências do caraças.
Um quiosque na freguesia de xxxxxxxx aposta na entrega de jornais, revistas e outros produtos ao domicílio, sem custos adicionais para os clientes. O serviço é destinado, essencialmente, a cidadãos portadores de deficiência motora, acamados e idosos, mas “qualquer um” pode solicitar o préstimo. Para além da vertente social e empresarial da ideia inédita, é uma prova que o “Empreendedorismo”
(por algum motivo que desconheço, o artigo termina mesmo assim)
O texto acima reproduzido NÃO se refere ao quiosque que serve de inspiração a este blog - o Quiosque da Praça 8 de Maio. Faz parte de uma rubrica da autoria de Paulo Dâmaso, jornalista de uma revista da cidade que saiu ontem para as bancas.
Não posso deixar de esclarecer o seguinte:
1. A 15 de Novembro de 2006 publiquei no blog um e-mail enviado por um leitor que me indicou um conjunto de sugestões possíveis de implementar no quiosque.
2. Uma dessas sugestões era : “A minha sugestão é criar formas intensificar o negócio fora da esfera local do quiosque. Para tal, sugiro a divulgação de entregas a domicilio (é claro que as Páginas Amarelas da Internet www.pai.pt serão um veículo essencial), encomendas telefónicas, ou pela internet. As entregas realizar-se-iam a determinada hora e sem custos para o cliente para determinado volume de negócio diário ou anual. O Segmento a explorar seria: 3ª idade (com dificuldade de locomoção), instituições ou empresas (p.ex. Lares de 3ª idade, hospitais, consultórios médicos , clínicas médicas, etc.).”
3. No dia 22 de Dezembro de 2006 coloquei no quiosque e no blog 3 posters gigantes (iguais) em que informava: “Em 2007 este quiosque vai a sua casa”.
4. Nos primeiros dias de Janeiro lancei um desafio aos leitores do blog sobre o lançamento de um cartão-cliente no quiosque, onde a principal vantagem seria “Entrega do jornal ou revista em sua casa, estabelecimento ou empresa, sem qualquer custo adicional”. A proposta foi discutida no blog, por e-mail, em família, com alguns amigos mais chegados e, finalmente, com os meus clientes, tendo-se chegado à conclusão que a iniciativa tinha alguns pontos interessantes, mas não servia totalmente o perfil de potenciais interessados. Como tal, o lançamento do cartão-cliente foi posto de parte e decidi avançar apenas com a iniciativa da entrega gratuita ao domicílio.
5. Entretanto, mais ou menos por esta altura, fui contactado pelo proprietário do quiosque acima referido no artigo no sentido de lhe fornecer jornais e revistas, com o devido desconto acordado entre quiosques, pois ainda não lhe tinha sido possível celebrar contratos com as distribuidoras. Acedi ao pedido. O fornecimento teve início a 20 de Janeiro de 2007 e o proprietário desloca-se ao meu quiosque todos os dias para levantar as publicações que lhe posso dispensar.
No dia 29 de Janeiro de 2007 o flyer ficou pronto e no dia 5 de Fevereiro começou a ser distribuído.
6. No dia 6 de Fevereiro de 2007 começaram as entregas gratuitas.
7. O título do artigo é enganador. Inovar significa tornar novo, o que não foi o caso. Como tal, a ideia não é inédita, como refere o autor. Muito longe disso.
8. O autor do artigo é cliente quase diário do meu quiosque e é autor de um blog onde coloca o Diário de um Quiosque nos seus links, onde inclusivamente já lhe dedicou um post.
9. O “inovador” visado no artigo todos os dias vai ao meu quiosque buscar jornais e revistas para vender no seu quiosque, e passando por lá todos os dias é confrontado visualmente com estes cartazes em formato A2, colocados no quiosque:
Há coincidências do caraças.
7 Comments:
entao quer dizer que o quiosque é na figueira?lol. pensei que fosse no sul
commented by Anónimo, 2/16/2007 8:45 da tarde
Curiosamente, ainda hoje o "Público" abordava o "plágio". De facto, há "coincidências do caraças" e, também, oportunistas do caraças. Mais: há coisas que nos dão umas "ganas" do caraças. Mas como a ideia não estava registada... Talvez o artigo promocional tenha ficado incompleto, pelo facto do seu autor se ter apercebido que, afinal, havia pouco "empreendedorismo".
Eu chamar-lhe-ía coincidência da INVEJA.
Como leitora assídua deste blog conheci a evolução até à oferta da distribuição domiciliária e confesso que fiquei estupefacta com a notícia da Figueira21. Depois de ver a notícia e a fotografia do quiosque, voltei inclusivé aqui, ao blog, para verificar a diferença de localização e de imagem, para ter a certeza de que realmente era um quiosque diferente.
O segredo é a alma do negócio...
Concordo Sharkinho, e eu sabia os riscos que corria. Eu não condeno o "inovador". Condeno quem o apelidou de tal.
O que as "coincidências" revelam que é há, de facto, gente sem um pingo de vergonha na cara! E, pelo que pude depreender da leitura deste post , parece-me que não é só uma pessoa , mas sim duas!
commented by 2/22/2007 7:39 da tarde
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