Um dia no quiosque - parte 2 ( 7.45 / 8:30 )
terça-feira, fevereiro 13, 2007
Parte 1 aqui.
O quiosque abre às 8. A partida deste escriba dá-se por volta das 7 e 57. Faço questão de levar à letra a regra “abrir às 8”, não confundido de maneira alguma com “ir para lá às 7 e 40 para ter tudo pronto para abrir às 8”. “Abrir às 8” é mesmo colocar a chave na porta por volta dessa hora. Nunca antes e algumas vezes... depois. Além disso não tenho nenhum superior a quem dar graxa.
O meio de transporte utilizado varia conforme vários factores, que não interessam muito para aqui, mas que passo a resumir: a pé, se o tempo o permite; de carro, se o quiosque exigiu antecipadamente para esse dia o usufruto exclusivo da bagageira do carro como armazém secundário.
Na chegada ao local é possível avaliar, mesmo antes de abrir a porta, se a primeira meia hora de trabalho vai ou não ser um teste à capacidade de improvisação espacial do desgraçado que escreve estas linhas. Tal pode ser verificado deitando um rápido olhar sobre a banca principal. Se por lá se acumulam volumes de jornais e revistas, significa que a caixa onde deveriam repousar se encontra completamente lotada. Se assim é, usualmente deito um longo e desesperado suspiro acompanhado de um pontapé na atmosfera, pois benzer-me está fora de questão (não acredito de forma alguma que vinda do nada surja uma mão divina que me safe desta alhada). Resta-me então seguir os mandamentos da bíblia do ardina referente ao período a.o.t. – antes das oito e tal: recolherás, desamarrarás, contarás, ordenarás, distribuirás e arrumarás todo e qualquer volume que se encontre nas imediações do teu estabelecimento. Executarás estas tarefas, sem trocar a ordem, em pouco mais de meia hora, e num espaço exíguo onde não caberão mais do que 15 Miccolis, sentados, em pé ou deitados, agarrados à face posterior da coxa esquerda.
Decididamente, não é o que se pode chamar propriamente de começar bem o dia.
(Continuarás).
O quiosque abre às 8. A partida deste escriba dá-se por volta das 7 e 57. Faço questão de levar à letra a regra “abrir às 8”, não confundido de maneira alguma com “ir para lá às 7 e 40 para ter tudo pronto para abrir às 8”. “Abrir às 8” é mesmo colocar a chave na porta por volta dessa hora. Nunca antes e algumas vezes... depois. Além disso não tenho nenhum superior a quem dar graxa.
O meio de transporte utilizado varia conforme vários factores, que não interessam muito para aqui, mas que passo a resumir: a pé, se o tempo o permite; de carro, se o quiosque exigiu antecipadamente para esse dia o usufruto exclusivo da bagageira do carro como armazém secundário.
Na chegada ao local é possível avaliar, mesmo antes de abrir a porta, se a primeira meia hora de trabalho vai ou não ser um teste à capacidade de improvisação espacial do desgraçado que escreve estas linhas. Tal pode ser verificado deitando um rápido olhar sobre a banca principal. Se por lá se acumulam volumes de jornais e revistas, significa que a caixa onde deveriam repousar se encontra completamente lotada. Se assim é, usualmente deito um longo e desesperado suspiro acompanhado de um pontapé na atmosfera, pois benzer-me está fora de questão (não acredito de forma alguma que vinda do nada surja uma mão divina que me safe desta alhada). Resta-me então seguir os mandamentos da bíblia do ardina referente ao período a.o.t. – antes das oito e tal: recolherás, desamarrarás, contarás, ordenarás, distribuirás e arrumarás todo e qualquer volume que se encontre nas imediações do teu estabelecimento. Executarás estas tarefas, sem trocar a ordem, em pouco mais de meia hora, e num espaço exíguo onde não caberão mais do que 15 Miccolis, sentados, em pé ou deitados, agarrados à face posterior da coxa esquerda.
Decididamente, não é o que se pode chamar propriamente de começar bem o dia.
(Continuarás).
2 Comments:
commented by Jorge Ortolá, 2/14/2007 11:08 da manhã
Olá! Gostei! Particularmente dos mandamentos da Bíblia do ardina!
Beijito
Beijito
commented by 2/14/2007 12:14 da tarde
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Grande abraço