INE(M) - Instituto Nacional de Emergência (de Mercados)
sábado, maio 29, 2010
O Instituto Nacional de Estatística revelou que a confiança dos consumidores deslizou para os 38,3 pontos negativos em Maio, face aos 36,7 pontos negativos no mês anterior, estando em mínimos de 10 meses. Pontos e mínimos à parte, o que os gajos nos querem transmitir é que os consumidores desconfiam que o carcanhol que dispõem mensalmente não chega para comprar tudo o que querem. Nada de novo, se considerarmos que esta confiança está a descer há 5 meses consecutivos. A novidade é que o estudo do INE também nos diz que os empresários estão mais confiantes no que à evolução da economia diz respeito, sendo mesmo o valor mais elevado desde Setembro de 2008.
Ou seja, o senhor Zé Nando desconfia que se me comprar a Bola todos os dias poderá não conseguir pagar a luz no final do mês. E eu estou convencido (apesar de ninguém me ter perguntado nada… deve ter sido naquele dia em que rejeitei a chamada anónima) que o Zé Nando pode estar descansado da vida e que sem problema algum conseguirá ler a Bola todos os dias, de dia ou noite, com a luz do astro sol ou com aquela que o Dr. António Mexia lhe fornece.
Ora, como o senhor Zé Nando não prescindirá da sua linda luz artificial, se tiver que optar irá com certeza abdicar de ler a Bola todos os dias e passará a comprar apenas quando o Benfica ganha (e aqui faço um parêntesis para observar que por vezes ser sportinguista tem as suas vantagens).
Portanto, basicamente, o que nos diz o INE em Maio é que será preferível ser presidente da EDP do que manter um quiosque aberto e estar dependente da confiança do Zé Nando e do Óscar Cardozo. Ah, grande instituto!
Ou seja, o senhor Zé Nando desconfia que se me comprar a Bola todos os dias poderá não conseguir pagar a luz no final do mês. E eu estou convencido (apesar de ninguém me ter perguntado nada… deve ter sido naquele dia em que rejeitei a chamada anónima) que o Zé Nando pode estar descansado da vida e que sem problema algum conseguirá ler a Bola todos os dias, de dia ou noite, com a luz do astro sol ou com aquela que o Dr. António Mexia lhe fornece.
Ora, como o senhor Zé Nando não prescindirá da sua linda luz artificial, se tiver que optar irá com certeza abdicar de ler a Bola todos os dias e passará a comprar apenas quando o Benfica ganha (e aqui faço um parêntesis para observar que por vezes ser sportinguista tem as suas vantagens).
Portanto, basicamente, o que nos diz o INE em Maio é que será preferível ser presidente da EDP do que manter um quiosque aberto e estar dependente da confiança do Zé Nando e do Óscar Cardozo. Ah, grande instituto!
A playboy dos benfiquistas
segunda-feira, maio 24, 2010
Radomel Falcao, o avançado que Pinto da Costa roubou ao Benfica - roubando-lhe assim o título de campeão nacional - diz hoje ao jornal Jogo que pretende marcar uma era no FC Porto. Diga-se que está a ser um sucesso. No currículo do colombiano já constam os items “Era campeão” e “Era o melhor marcador” e adivinha-se que desejaria ter também escrito algo como “Era preferível ter assinado pelo Benfica”.
Dois dias antes, o jornal A Bola marcava também uma nova era no jornalismo(?) em Portugal, ao lançar para as bancas Caixinhas de Relva do estádio da luz com 9 cm2 (CR9). Vou repetir: nas bancas de jornais deste país estão à venda pedaços de relva do estádio da luz a vinte e sete cêntimos o centímetro quadrado. “A relva dos campeões”, dizem eles na capa. “Sim, é aquilo que a menina Susete está a pensar...”, digo eu à menina Susete, quando confrontado com a interrogação “Isto é aquilo que eu estou a pensar?...”.
Tenho muita pena que uma das 4 CR9 que me calharam na rifa seja da zona do guarda-redes. De relva tem muito pouco e nota-se perfeitamente que o Quim andou ali a chafurdar em cima durante um ataque continuado do Benfica ou que o distribuidor foi pouco cuidadoso e lhe espetou com um volume de Novas Gente em cima. E tenho pena, porque uma CR9 da zona do guarda-redes não vende, pese embora a pouco experiência que eu possa ter na venda de relva de estádios ao público em geral. Da mesma forma que poucos estarão interessados numa CR9 da zona do guarda-redes, ninguém compra a camisola do Quim. Compram-se camisolas de quem marca golos e decide campeonatos, e não de quem passa a época a pisar relva, enquanto assiste comodamente aos golos na baliza contrária.
Não me querendo repetir, eu gostava de relembrar os mais desatentos que há relva do estádio da luz à venda em Portugal. Não me parece que estejam a alcançar a magnitude da questão. Vejamos. Os miúdos largam 3,95€ pela Playboy e anseiam pelo dia em que lhes saia na rifa a Miss Maio 2010 como professora de matemática. Os benfiquistas investem 2,50€ em relva do estádio do seu clube, colocam a peça em cima da lareira, e do recanto do sofá imaginam que foi naquele pedaço que a bola ressaltou no golo do Saviola ao Porto, enquanto os mais depravados não hesitarão em garantir ao amigo “Oh meu, táz a ver aquela CR9 em cima da glorioza lareira ? Foi práli co nosso Jazus atirou a pastilha no jogo do títalo!”. A CR9 é a playboy dos benfiquistas.
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Dois dias antes, o jornal A Bola marcava também uma nova era no jornalismo(?) em Portugal, ao lançar para as bancas Caixinhas de Relva do estádio da luz com 9 cm2 (CR9). Vou repetir: nas bancas de jornais deste país estão à venda pedaços de relva do estádio da luz a vinte e sete cêntimos o centímetro quadrado. “A relva dos campeões”, dizem eles na capa. “Sim, é aquilo que a menina Susete está a pensar...”, digo eu à menina Susete, quando confrontado com a interrogação “Isto é aquilo que eu estou a pensar?...”.
Tenho muita pena que uma das 4 CR9 que me calharam na rifa seja da zona do guarda-redes. De relva tem muito pouco e nota-se perfeitamente que o Quim andou ali a chafurdar em cima durante um ataque continuado do Benfica ou que o distribuidor foi pouco cuidadoso e lhe espetou com um volume de Novas Gente em cima. E tenho pena, porque uma CR9 da zona do guarda-redes não vende, pese embora a pouco experiência que eu possa ter na venda de relva de estádios ao público em geral. Da mesma forma que poucos estarão interessados numa CR9 da zona do guarda-redes, ninguém compra a camisola do Quim. Compram-se camisolas de quem marca golos e decide campeonatos, e não de quem passa a época a pisar relva, enquanto assiste comodamente aos golos na baliza contrária.
Não me querendo repetir, eu gostava de relembrar os mais desatentos que há relva do estádio da luz à venda em Portugal. Não me parece que estejam a alcançar a magnitude da questão. Vejamos. Os miúdos largam 3,95€ pela Playboy e anseiam pelo dia em que lhes saia na rifa a Miss Maio 2010 como professora de matemática. Os benfiquistas investem 2,50€ em relva do estádio do seu clube, colocam a peça em cima da lareira, e do recanto do sofá imaginam que foi naquele pedaço que a bola ressaltou no golo do Saviola ao Porto, enquanto os mais depravados não hesitarão em garantir ao amigo “Oh meu, táz a ver aquela CR9 em cima da glorioza lareira ? Foi práli co nosso Jazus atirou a pastilha no jogo do títalo!”. A CR9 é a playboy dos benfiquistas.
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