Amarelinho
quinta-feira, dezembro 18, 2008
Ontem, pela segunda vez na vida, pisei um palco.
Desta vez estava sóbrio e as pessoas que estavam a assistir ao espectáculo não se riram tanto. Pelo menos que eu desse conta.
Portanto, da primeira vez foi numa queima das feitas. Não me recordo bem se terá sido em 1992, se em 1998 - não significa isto que tenha alguma vez chumbado, quanto muito talvez me tenha distraído com o passar do tempo. Poder-se-á dizer que o Iggy Pop fez a 1ª parte do meu espectáculo, embora estejamos a falar de conceitos diferentes no que toca a puxar pelo público. No entanto, vim a descobri-lo 10 anos tarde, podemos concluir que somos ambos uns animais de palco. Na parte que me diz respeito, mais propriamente… um pato!
Vamos passar então ao papel do pato que me calhou na rifa, antes que dê uma coisinha má à minha mãe.
Festa de Natal da Zita blá blá blá e tal, precisamos de alguém para entrar na peça de teatro do “Natal dos Animais”. Como membro da direcção da Associação de Pais (parece que sou 2º vogal, seja lá o que isso for, mas dá trabalho aviso já), e com tão poucos voluntários, lá soltei um “eu não me importo…”, tão falso como a previsão do défice público para 2009.
Passado o arrependimento inicial chegou a hora de escolher o papel. Pato. Texto para decorar: “Feliz Natal, Dentolas!”. Tempo da peça: 15 minutos. O que fazer no resto do tempo: fazer de pato, mantendo o bico calado, tirando a parte em que a bicharada canta em conjunto meia-dúzia de canções de Natal.
Só digo isto: com tanto vírus que andou aí à solta nestes últimos dias, e só a mim é que não me calhou nada.
Portanto, o pato subiu mesmo ao palco.
É do conhecimento geral que estas coisas da Associação de Pais de escolas públicas existem essencialmente para substituir as autarquias no que à parte dos pagamentos diz respeito. Material escolar, baloiços, escorregas, festas, reparações várias, honorários de actores nos eventos de Natal, prendas para as crianças, visitas de estudo… todas estas verbas devidamente atribuídas às autarquias e subtilmente desviadas para poder pagar ao gajo que faz as entregas dos jornais à biblioteca municipal, são suportadas pela Associação de Pais.
Posto isto, a subida ao palco da bicharada não foi mais que um acto de celebração pelo facto de no mesmo dia ter surgido a confirmação que Pedro Santana Lopes seria mesmo candidato a Lisboa. E como foi apropriada a 3ª música da peça!
O bichano paciente
De olhar misterioso
Tem patinhas de veludo
Mas às vezes é manhoso
Tchimpópó, pópótchim
Tchimpópó, mas às vezes é manhoso!
Mesmo assim, estes 200 quilómetros de distância não deixam nenhum figueirense descansado…
Pois bem, os 15 minutos lá passaram a muito custo, e pelo menos fiquei a saber como se comporta um pato em palco, mas espero sinceramente não ter deixado a miúda traumatizada. Ela ontem e hoje tem andado mais caladita… não sei não…
“De pato, pai? De pato?...” é coisa que não quer ouvir daqui a alguns anos, mas eu sei bem que é nestas situações que surgem as alcunhas, e o quiosque está perigosamente perto da escola.
- “Ouve lá, pá, onde é que estás?”
- “Estou aqui ao pé do quiosque.”
- “Qual quiosque?”
- “O quiosque da praça”
- “Quiosque da praça? Não estou a ver…”
- “Oh pá! O quiosque do Pato!!”
- “Ahhhhhhhhhh”
Desta vez estava sóbrio e as pessoas que estavam a assistir ao espectáculo não se riram tanto. Pelo menos que eu desse conta.
Portanto, da primeira vez foi numa queima das feitas. Não me recordo bem se terá sido em 1992, se em 1998 - não significa isto que tenha alguma vez chumbado, quanto muito talvez me tenha distraído com o passar do tempo. Poder-se-á dizer que o Iggy Pop fez a 1ª parte do meu espectáculo, embora estejamos a falar de conceitos diferentes no que toca a puxar pelo público. No entanto, vim a descobri-lo 10 anos tarde, podemos concluir que somos ambos uns animais de palco. Na parte que me diz respeito, mais propriamente… um pato!
Vamos passar então ao papel do pato que me calhou na rifa, antes que dê uma coisinha má à minha mãe.
Festa de Natal da Zita blá blá blá e tal, precisamos de alguém para entrar na peça de teatro do “Natal dos Animais”. Como membro da direcção da Associação de Pais (parece que sou 2º vogal, seja lá o que isso for, mas dá trabalho aviso já), e com tão poucos voluntários, lá soltei um “eu não me importo…”, tão falso como a previsão do défice público para 2009.
Passado o arrependimento inicial chegou a hora de escolher o papel. Pato. Texto para decorar: “Feliz Natal, Dentolas!”. Tempo da peça: 15 minutos. O que fazer no resto do tempo: fazer de pato, mantendo o bico calado, tirando a parte em que a bicharada canta em conjunto meia-dúzia de canções de Natal.
Só digo isto: com tanto vírus que andou aí à solta nestes últimos dias, e só a mim é que não me calhou nada.
Portanto, o pato subiu mesmo ao palco.
É do conhecimento geral que estas coisas da Associação de Pais de escolas públicas existem essencialmente para substituir as autarquias no que à parte dos pagamentos diz respeito. Material escolar, baloiços, escorregas, festas, reparações várias, honorários de actores nos eventos de Natal, prendas para as crianças, visitas de estudo… todas estas verbas devidamente atribuídas às autarquias e subtilmente desviadas para poder pagar ao gajo que faz as entregas dos jornais à biblioteca municipal, são suportadas pela Associação de Pais.
Posto isto, a subida ao palco da bicharada não foi mais que um acto de celebração pelo facto de no mesmo dia ter surgido a confirmação que Pedro Santana Lopes seria mesmo candidato a Lisboa. E como foi apropriada a 3ª música da peça!
O bichano paciente
De olhar misterioso
Tem patinhas de veludo
Mas às vezes é manhoso
Tchimpópó, pópótchim
Tchimpópó, mas às vezes é manhoso!
Mesmo assim, estes 200 quilómetros de distância não deixam nenhum figueirense descansado…
Pois bem, os 15 minutos lá passaram a muito custo, e pelo menos fiquei a saber como se comporta um pato em palco, mas espero sinceramente não ter deixado a miúda traumatizada. Ela ontem e hoje tem andado mais caladita… não sei não…
“De pato, pai? De pato?...” é coisa que não quer ouvir daqui a alguns anos, mas eu sei bem que é nestas situações que surgem as alcunhas, e o quiosque está perigosamente perto da escola.
- “Ouve lá, pá, onde é que estás?”
- “Estou aqui ao pé do quiosque.”
- “Qual quiosque?”
- “O quiosque da praça”
- “Quiosque da praça? Não estou a ver…”
- “Oh pá! O quiosque do Pato!!”
- “Ahhhhhhhhhh”
1 Comments:
Tu és o pato mudo do vizinho do fausto!!!!!!!!!!!!!!
commented by Anónimo, 12/24/2008 5:04 da tarde